segunda-feira, 27 de julho de 2009

Estação Ciência - Olinda - PE. 2/2

DARCY RIBEIRO
Antropólogo e educador brasileiro.
26/10/1922, Montes Claros (MG)
17/2/1997, Brasília (DF)

O antropólogo Darcy Ribeiro também escreveu prosa de ficção
Já sabendo que sua doença era terminal, Darcy Ribeiro confessou no livro de memórias: "Termino esta minha vida já exausto de viver, mas querendo mais vida, mais amor, mais saber, mais travessuras". Tudo muito coerente com quem sempre se declarou um "fazedor".
Filho de farmacêutico e professora, Darcy Ribeiro mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois de três anos.
Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de Sociologia e Política e ali graduando-se em 1946. Depois, em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai), onde trabalharia até 1951. Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens. Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu.
Na época, Darcy Ribeiro escreveu diversas obras de etnografia e defesa da causa indigenista, contribuindo com estudos para a Unesco e a Organização Internacional do Trabalho. Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia, na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro), onde lecionou etnologia até 1956.
No ano seguinte, passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e (junto com Anísio Teixeira) fundou a Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).
Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, como chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel relevante na elaboração das chamadas reformas de base. Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados e foi exilado.
Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma universitária. Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru). Naquele período, Darcy Ribeiro redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos da "Antropologia da Civilização", em seis volumes (o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).
Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública. Quatro anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política. Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep).
Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação.
Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo".
No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de Janeiro).
Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.
Mapa de Pernambuco.

Barreiros, foi aqui que ela nasceu.

JOSUÉ DE CASTRO
"Denunciei a fome como flagelo fabricado pelos homens, contra outros homens", Josué de Castro.
Esta página foi realizada a partir de um convênio firmado entre a FBCN - Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza e o Ministério da Saúde.
Josué de Castro é uma destas figuras marcantes de cientista que teve uma profunda influência na vida nacional e grande projeção internacional nos anos que decorreram entre 1930 e 1973. Ele dedicou o melhor de seu tempo e de seu talento para chamar a atenção para o problema da fome e da miséria que assolavam e que, infelizmente ainda assolam, o mundo.
Nascido no Recife e graduado em medicina pela Universidade do Brasil em 1929, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, logo nos primeiros anos de formado, entendeu que “a fome” estava presente na vida de grande parte da população brasileira.
Crítico das especializações, seu trabalho científico foi marcado pela multidisciplinaridade. E a fome foi sua principal e corajosa escolha. Mas além da fome, também estudou questões de interesse global que lhe são relacionadas, como o meio ambiente, o subdesenvolvimento e a paz.
A apropriação injusta e ilegal da generosidade e abundância dos recursos da natureza, é, segundo Josué, responsável pelo subdesenvolvimento, gerador de miséria e a fome. A paz dependeria, fundamentalmente, do desarmamento aliado a um equilíbrio econômico do mundo, a partir de uma distribuição da riqueza visando o verdadeiro desenvolvimento a ser buscado, o humano.
Foi um cientista incansável e, na metade do século passado, contrariando o pensamento então dominante, empreendeu trabalho científico que desnaturalizava a fome.
Ao escrever, em 1946, o festejado livro “Geografia da Fome” afirmava que a fome não era um problema natural, isto é, não dependia nem era resultado dos fatos da natureza, ao contrário, era fruto de ações dos homens, de suas opções, da condução econômica que davam a seus paises.
Nas obras científicas que se seguiram, Josué ampliou suas convicções e aprimorou seus conceitos, visando sempre a inclusão social. Compreendeu que era imprescindível aumentar a renda do trabalhador, e foi um dos precursores na defesa do salário mínimo. Sabia dos males que a nutrição deficiente, nas crianças, poderia acarretar, e ajudou a formular a política de merenda escolar, iniciativa que ainda hoje atende a expressivo número de estudantes em nosso País. Na agricultura familiar, tinha certeza, estaria a melhor forma de fixar o homem no campo e possibilitar sua alimentação. Assim, combateu o latifúndio e defendeu a reforma agrária. Recebeu o Prêmio Internacional da Paz e indicações para receber o Prêmio Nobel da Paz . Percebeu, prematuramente, as agressões que sofria o meio ambiente e colocou-se como um combatente ecológico, em tempos em que até a expressão ainda era novidade. Após uma longa carreira de êxitos científicos, Josué de Castro teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar que dominou o País a partir de 1964. Exilou-se em Paris onde passou a lecionar na Sorbonne., e onde morreu em 1973, sem ter voltado vivo ao seu País. morreu sem mesmo ter recebido oficialmente e nominalmente anistia . O cidadão do mundo Josué de Castro não viveu para ver restabelecida sua condição de cidadão brasileiro. Foi um profeta, um homem a frente de seu tempo.
Entendia que o desequilíbrio, provocado pela desigualdade econômica, poderia ocasionar mais estragos para a humanidade do que as diferenças ideológicas. “O que divide os homens não são as coisas, são as idéias de que eles têm das coisas, e as idéias dos ricos são bem diferentes das idéias dos pobres”, pregava, com surpreendente clareza, para os tempos da guerra fria.
Foi, ainda, capaz de prever a ampliação da chamada globalização, na qual a vida econômica é comandada pelas empresas, representando os Estados que são meros executores da política territorial e econômica das mesmas. Processo que aumenta a concentração geográfica e acentua as diferenças regionais, contrariando o desenvolvimento humano.
Entretanto, a modernidade e a globalização que Josué previu e desejou seria aquela em que a tecnologia mais avançada seria utilizada para melhor distribuir a riqueza, quer do ponto de vista geográfico, quer do econômico, e trazer uma era de bem-estar e de verdadeiro progresso para a humanidade.
O ano de 2008 assinala o centenário de nascimento de Josué de Castro. Um brasileiro cuja trajetória de vida merece ser lembrada. Médico, escritor, político, professor, cientista social, um homem de múltiplos saberes e de ações que sempre visavam atender os anseios dos mais pobres, especialmente daqueles que enfrentavam o problema da fome e suas conseqüências.
Anna Maria de Castro
Professora titular da UFRJ
Doutora em Sociologia Aplicada
(filha de Josué de Castro)

MILTON SANTOS (1926 / 2001 )
O Prof. Dr. Milton Santos (Milton de Almeida Santos ou Milton Almeida dos Santos), nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia 03 de Maio de 1926. Geógrafo e livre pensador brasileiro, homem amoroso, afável, fino, discreto e combativo, dizia que a maior coragem, nos dias atuais, é pensar, coragem que sempre teve. Doutor honoris causa em vários países, ganhador do prêmio Vautrin Lud, em 1994 ( o prêmio Nobel da geografia), professor em diversos países (em função do exílio político causado pela ditadura de 1964), autor de cerca de 40 livros e membro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, entre outros.
O Prof. Milton Santos formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), foi professor em Ilhéus e Salvador, autor de livros, que surpreenderam os geógrafos brasileiros e de todo o mundo, pela originalidade e audácia: "O Povoamento da Bahia" (48), "O Futuro da Geografia" (53), "Zona do Cacau" (55) entre muitos outros. Em 1958, já voltava da Universidade de Estrasburgo, da França, com o doutorado em Geografia, trabalhou no jornal "A Tarde" e na CPE (Comissão de Planejamento Econômico-BA), precursora da Sudene, foi preso em 1964 e exilado. Passou o período entre 1964 a 1977 ensinando na França, Estados Unidos, Canadá, Peru, Venezuela, Tânzania; escrevendo e lutando por suas idéias. Foi o único brasileiro e receber um "prêmio Nobel", o Vautrin Lud, que é como um Nobel de Geografia. Outras de suas magistrais obras são: "Por Uma Outra Globalização" e "Território e Sociedade no Século XXI" (editora Record) .
Milton Santos, este grande brasileiro, morreu em São Paulo-SP, no dia 24 de Junho de 2001, aos 75 anos, vítima de câncer.

Em Buíque vivem os índios da tribo Kapinauá.


Nicolau Copérnico ( 1473 - 1543 )
Ao propor a teoria segundo a qual a Terra dá uma volta diária completa em torno de seu eixo e uma volta anual em torno do Sol, Copérnico desencadeou uma revolução na ciência, na filosofia e na religião.
Nicolau Copérnico (em polonês Mikolaj Kopernik), nasceu em Torun, Polônia, em 19 de fevereiro de 1473, numa família de ricos negociantes. Aos 18 anos entrou para a Universidade de Cracóvia, famosa na época por empreender o estudo da matemática como fundamento da astronomia. Ao completar 24 anos de idade, mudou-se para Bolonha e mais tarde para Pádua, onde aprofundou seus conhecimentos matemáticos e estudou a língua e a cultura da Grécia clássica.
Em 1497, Copérnico regressou à Polônia para assumir o cargo de cônego da catedral de Frauenburg, que lhe garantia emprego vitalício. O desejo de aprender o levou de volta à Itália, onde integrou-se à agitação cultural da época. Estudou medicina e leis em Pádua e iniciou as pesquisas astronômicas que o levaram a duvidar da teoria geocêntrica, então de aceitação geral, segundo a qual a Terra é o centro do universo.
O novo sistema planetário imaginado por Copérnico contradizia as idéias geocêntricas de Ptolomeu, astrônomo alexandrino do século II, adotadas pelos teólogos medievais que rejeitavam qualquer teoria que não conferisse à Terra o lugar central do universo. A teoria geocêntrica atribuía aos planetas órbitas perfeitamente circulares em torno da Terra, descritas dentro de um complicado sistema de percursos denominados epiciclos.
Copérnico relutou antes de tornar públicas suas idéias sobre o sistema solar e tratou de fazê-lo da maneira mais respeitosa possível em relação à ordem estabelecida. Na verdade, seu raciocínio básico firmava-se também em critérios teológicos: perguntava em que lugar, melhor do que o centro do sistema solar, poderia o Criador ter situado a lâmpada que ilumina o mundo. Assim, suas relações com a igreja nunca chegaram ao declarado antagonismo que caracterizaria a posição dos teólogos frente a Galileu. Em todas suas obras e anotações sobre a estrutura do universo, Copérnico considerava sua própria hipótese como um mero exercício geométrico, talvez pela necessidade de evitar acusações de heresia.
As teorias de Copérnico se complicaram desnecessariamente com a tentativa de explicar as irregularidades dos epiciclos ptolomaicos. Por esse motivo, o sistema copernicano só ganhou coerência irrefutável depois que Kepler demonstrou a forma elíptica das órbitas e Galileu comprovou esse fato com observações telescópicas.
O compêndio que guarda as teorias de Copérnico é o De revolutionibus orbium caelestium (Sobre as revoluções dos orbes celestes), obra concluída em 1530 mas cuja publicação só se iniciou em 1540, após a aprovação do autor. Conta-se que o primeiro exemplar impresso do trabalho chegou às mãos de Copérnico no último dia de vida do astrônomo, que morreu em 24 de maio de 1543 em Frauenburg.

ALBERTO SANTOS DUMONT
nascido em Palmira – MG (hoje Santos Dumont – MG), a 20 de julho de 1873, foi um engenheiro apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área – e pioneiro da aviação. Herdeiro de uma família de cafeicultores prósperos, interessava-se pela engenharia e logo adolescente pôde pilotar as locomotivas da fazenda de seu pai, devidamente autorizado.
Também ajudava na manutenção das máquinas de café e da máquina de costura de sua mãe. Analisando o funcionamento das máquinas a vapor, das engrenagens e a transmissão das polias, aprendeu a lidar com equipamentos mecânicos. Seus avós paternos eram franceses e ele pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes. Ele foi o primeiro a decolar a bordo
de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns países considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um
mês depois, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas,
percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem ser catapultado. O 14 Bis teve uma decolagem auto-propelida e, por isso, Santos Dumont é considerado por parte da comunidade científica e aeronáutica e principalmente em seu país de origem, o Brasil, como o pai da aviação.
Recebeu vários prêmios e condecorações, inclusive do Aeroclube da França .Com o tempo, Dumont passou a sofrer de esclerose múltipla, o que só piorou ao ver seu invento ser utilizado pelas tropas alemãs durante a primeira guerra mundial. Finalmente, quando já havia retornado ao Brasil, deu fim a própria vida em Guarujá – SP, a 23 de julho de 1932, possivelmente devido a uma angústia profunda causada por ver aviões em combate sobrevoando o Guarujá, durante a revolução constitucionalista
de 1932, em que o estado de São Paulo se levantou contra o governo revolucionário de Getúlio Vargas.

Depois dele olha o que aconteceu.



Réplica de um relógio solar construído pelos índios antes de qualquer contato com os homens brancos. Encontrado no interior da Bahia.

Como estamos felizes por estarmos aprendendo tanta coisa.


A vida de Newton pode ser dividida em três períodos. O primeiro sua juventude de 1643até sua graduação em 1669. O segundo de 1669 a 1687, foi o período altamente produtivo em que ele era professor Lucasiano em Cambridge. O terceiro período viu Newton como um funcionário do governo bem pago em Londres, com muito pouco interesse pela matemática.
Isaac Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 (quase um ano depois da morte de Galileo) em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra. Embora tenha nascido no dia de Natal de 1642, a data dada aqui é no calendário Gregoriano, que adotamos hoje, mas que só foi adotada na Inglaterra em 1752. Newton veio de uma família de agricultores, mas seu pai morreu antes de seu nascimento. Ele foi criado por sua avó. Um tio o enviou para o Trinity College, Cambridge, em Junho de 1661.
O objetivo inicial de Newton em Cambridge era o direito. Em Cambridge ele estudou a filosofia de Aristóteles (384aC-322ac), Descartes (René Descartes, 1596-1650), Gassendi (Pierre Gassendi, 1592-1655), e Boyle (Robert Boyle, 1627-1691), a nova álgebra e geometria analítica de Viète (François Viète 1540-1603), Descartes, e Wallis (John Wallis, 1616-1703); a mecânica da astronomia de Copérnico e Galileo, e a ótica de Kepler o atraíram.

Ôpa! Cuidado para não cair.


ALAVANCA
"Dê-me um lugar para me firmar e um ponto de apoio para minha alavanca que eu deslocarei a Terra". (Arquimedes, cientista grego)


Que tal o meu triciclo?





Como é que eu saio dessa?










Ondas.




O que é bom dura pouco, hora de voltar para casa. Passeio maravilhoso, todo mundo devia conhecer este Espaço.


Isto é só uma parte do Espaço Ciência, porque durante as duas horas da visita só dá para ver três das sete áreas existentes. Temos que voltar outro dia para ver o restante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário